QUANDO TU VENS

Quando tu vens...

Navego calmarias em teus braços

como se o medo não mais existisse

nas noites solitárias do meu existir,

e respiro o intenso aroma da primavera

como se o amadeirado perfume do teu corpo

não mais se extinguisse no frio do inverno.

Quando tu vens...

Sinto a proximidade da tua boca desejosa

na umidade dos meus lábios mordiscantes

como se de um beijo brotassse mel da poesia,

e debruço-me sobre o fascínio do teu torax

como se cada poro não mais pudesse calar

os delirios e transpirações da nossa nudez.

Quando tu vens...

Sou a entrega da noite e a clara luz do dia.

A brisa que refresca e a chuva que molha

como se não mais houvesse seca ou fome,

pois a fartura do amor conosco viveria

sem que jamais ousasse abandonar o prazer

de nos ter num oásis apaixonado de amor!