Por ninguém mais
Cai a tarde fria e cinzenta
e a solidão que cada hora ostenta
revela em cada canto a saudade perene.
Se de ti eu me fizesse em versos
e perdesse as rimas à deriva,
conciliaria a razão de tanta ausência
com o desejo de que o amor nos acene.
E se não mais eu pudesse, por amar-te tanto,
emprestaria outro poema que valesse o encanto
que fizessem teus olhos pousarem aqui.
Porque hoje eu quero muito, quero bem mais do que antes,
porque tudo o que vivemos faz de nós dois os semelhantes,
e por ninguém eu sentiria o que sinto ainda por ti.
27/09/2010.