Por ninguém mais

Cai a tarde fria e cinzenta

e a solidão que cada hora ostenta

revela em cada canto a saudade perene.

Se de ti eu me fizesse em versos

e perdesse as rimas à deriva,

conciliaria a razão de tanta ausência

com o desejo de que o amor nos acene.

E se não mais eu pudesse, por amar-te tanto,

emprestaria outro poema que valesse o encanto

que fizessem teus olhos pousarem aqui.

Porque hoje eu quero muito, quero bem mais do que antes,

porque tudo o que vivemos faz de nós dois os semelhantes,

e por ninguém eu sentiria o que sinto ainda por ti.

27/09/2010.

Sou Flagelado da Paixão
Enviado por Sou Flagelado da Paixão em 20/10/2020
Código do texto: T7091523
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