SOLIDÃO
QUANDO O AMOR SILENCIA
(Sócrates Di Lima)

O amor na sua volupia grita,
Agita, faz estremecer a alma.
O amor crescente é menino levado,
É "da pá virada",
O amor grandioso a tudo perdoa,
Numa boa...
O amor é sagrado,
Sacramentado,
está escrito,
não pode fenecer.,
É renascente.
O amor faz acontecer,
Faz perder o medo,
Faz os fatos...
O amor são atos,
Concretos,
Nada abstratos...
Quem ama reconhece seus defeitos,
Seus erros,
Enganos...
Compreende os do outro.
O amor é dos humanos;,
Mas os animais também amam.
O amor grita em todos os cantos,
É canto de sabiá,
Cotovia,
Rouxinol,
Uirapuru...
O amor é sinfonia,
Melodia que eterniza,
Purifica,
É brisa úmeda,
Perfumada,
Suave como a beira mar,
O amor nunca deve se calar,
Nem blasfemar,
Nem se perder em desencantos.
O amor é o chamado do lobo
no meio da noite,
O canto da sereia,
Pés descalços na areia,
É a mais doce fantasia.
Mas quando o amor silencia,
Os sinos gritam,
Os pássaros choram,
Uma alma que se vai  embora,
E deixa saudades.
Mas o amor se renova nas gerações,
E o seu silêncio é revigorado,
reincorporado,
No amor que nasce,
renasce, cresce e reina.
Portanto,
jamais deixe o amor silenciar no peito,
E de qualquer jeito,
Grite o amor bem alto,
Para que o eco do seu grito,
Chegue suavemente aos ouvidos de Deus,
E com grade alarde aos ouvidos do amor seu.
Quando o amor silencia
a chuva inunda os olhos
e a solidão faz a companhia
num banco vazio,
de um lugar qualquer.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 19/10/2020
Código do texto: T7091146
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