Soneto da Erupção Sensual
E na confusão anacrônica do nosso enredo
Decerto o temido axioma era só desejos
Onde os toques e caricias eram de medo
Deitados nós ficamos em fogo e nos beijos
Semblantes dispersos em brasas na fogueira
E os ossos rangiam onde as carnes abundam
É no rigor imberbe em que línguas afundam
No enlouquecido furor destas fronteiras
Mal distencionada a noite perdeu os sentidos
Somente o suor denunciava o que tinha havido
As pétalas de flores cicatrizavam o colchão
Mas nossa carne postulava por loucuras
Nossos semblantes a palidez branca da lua
Enquanto lavas mornas escoavam do vulcão