ANDARÍLHO SERESTEIRO
Nois tá na poesia faz tempo
andarílho que dorme ao relento
esse cara sou eu
ao rodar os universos
sempre cantando meus versos
mas o abandono doeu
quando fui posto na rua
virei o seresteiro da lua
a marquise é meu barraco
quando ela passa na minha frente
o coração chora e sente
sou deveras um fraco
que não aguenta a saudade
será que alguem tem piedade
de aceitar o meu sim
ou terei que viver solteiro
pelas ruas do Rio de Janeiro
ô mulata, dá um sorriso pra mim!
escrito as 16:46 hrs., de 16/10/2020 por