ANDARÍLHO SERESTEIRO

Nois tá na poesia faz tempo

andarílho que dorme ao relento

esse cara sou eu

ao rodar os universos

sempre cantando meus versos

mas o abandono doeu

quando fui posto na rua

virei o seresteiro da lua

a marquise é meu barraco

quando ela passa na minha frente

o coração chora e sente

sou deveras um fraco

que não aguenta a saudade

será que alguem tem piedade

de aceitar o meu sim

ou terei que viver solteiro

pelas ruas do Rio de Janeiro

ô mulata, dá um sorriso pra mim!

escrito as 16:46 hrs., de 16/10/2020 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 16/10/2020
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