O homem perfurado pelo mundo
Nos mistérios dos caminhos perfurados
Pelo movimento da sentença da amargura
A história que circula nos longínquos seres amados
Retrata o orgulho de quem vence a loucura
De disputas fúteis que transformam em tragédia
O que deveria ser uma luta cotidiana sem erros
A mágoa é o combustível disfarçado de bravura
Um sentimento fugaz que a todos na moldura
Destrói a Humanidade nos concertos da paixão
Viver em meio a guerra é como morrer na ilusão
De quem procura uma audácia nas marcas da solidão
E neste perigoso rumo é navegar na prisão de seus próprios instintos
Assim é a história de Lampião e Maria Bonita
Uma história de amor que a vida deu um grito
Com uma suave entrega às trilhas do meu Nordeste
Da mulher ao seu amante que seu coração deste
Com ímpetos de longa estrada
Nas noites enluaradas, perdidos nos contratempos
Se foi heroísmo ou maldade
Nos ramos do Coração
Nunca se houve espadas que houvesse manifestação
De uma coragem de buscas
Nas terras ainda se rebusca os tons dessa imortal lenda
O homem quando procura motivos pra fazer justiças
Perdendo a sua razão, maior que sua cobiça
Revira a estação com seus enigmas do peito
E faz de um simples caminho, ser seu maior suspeito
De inimigos, vence a vida
E numa armadilha do Tempo
Faz da dor enaltecida
A moradia de anjos caídos numa floresta
Pois o encanto do amor sempre é triste festa
Num espaço de guerra marcada nas contradições
Nas amargas soluções que a sua visão enfeitiçou nossos sermões.