COELHADA E OLHO ROXO
Extraído do Livro Rastros do Tempo, parceria com o amigo Wagner Triani. Visite o site/blog/loja: www.todososamores.com.br
Não sei o que fazer com a vida, gosto de música e poesia,
Embora desejasse ser maestro, um professor de literatura,
Ter a cura para os males, receitas para jantares deliciosos.
Não sei se dá tempo, se posso ficar pelo meio do caminho,
Se vou sozinho ou se pego carona, qual é a zona de perigo
Quando digo que não estou certo, tudo em aberto e branco.
Pego no tranco, vez por outra, estou à solta nestas bandas,
Nas cirandas e danças da chuva, ainda sinto o gosto da uva
E da boca molhada, roupa tirada à força, torça que ela suma.
Fiz tantos planos que não deram em nada, ganhei coelhada
Da Mônica e olho roxo, frouxo foi tudo o que ouvi, mas, senti
Que posso ir em frente, batata quente deixarei para os maus.
Estreei um sorriso no rosto, tem gosto bom e ajuda o maxilar,
Azar de quem torcer o nariz, ficar de diz que diz, quem é feliz
Não enxerga um monte de coisas ruins que plantam e morrem.