ANDARÍLHO SOLITÁRIO

Ando sempre pela estrada

a carcaça já cançada

segurando na bengala

seja lá o que Deus quizer

abandonado pela mulher

por não passar de um mala

que fazer se sou assim

dormindo em algum jardim

das praças dessa cidade

quando o guarda não me prende

será que não entende

me privando da liberdade

ainda me resta o violão

e a lua que faz clarão

minha eterna namorada

e com a luz da agonia

nem bem clareia o dia

e eu boto meu pé na estrada!

escrito as 10;24 hrs., de 14/10/2020 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 14/10/2020
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