ANDARÍLHO SOLITÁRIO
Ando sempre pela estrada
a carcaça já cançada
segurando na bengala
seja lá o que Deus quizer
abandonado pela mulher
por não passar de um mala
que fazer se sou assim
dormindo em algum jardim
das praças dessa cidade
quando o guarda não me prende
será que não entende
me privando da liberdade
ainda me resta o violão
e a lua que faz clarão
minha eterna namorada
e com a luz da agonia
nem bem clareia o dia
e eu boto meu pé na estrada!
escrito as 10;24 hrs., de 14/10/2020 por