CESTO DE LÍRIO
Hoje ao alvorecer, com as estrelas ainda no céu a brilhar e a lua prateada por trás da serra a vagar;
fui ao campo, para alvas e perfumosas flores de lírios pegar.
Colhi muitos buquê, coloquei num cesto, botei na cabeça e sair pelas ruas para ofertar.
Alguém para me causar insatisfação e me decepcionar, perguntou se aquelas flores eu fui roubar?
Fiquei tão triste com aquela indagação, que comecei a chorar e lhe disse;
sou um poeta que a todos amo e venero, descrevo o raiar da primavera e o esplendor das noites enluarada.
Só tenho como companhia o murmúrio de um sonolento rio, o clarão da lua e o cantar dos pássaros no raiar da alvorada.
Escrever versos é a minha arte e distribuir flores faz parte, da propagação do amor, no clarão da madrugada.
(Jackson Costa)