CESTO DE LÍRIO

Hoje ao alvorecer, com as estrelas ainda no céu a brilhar e a lua prateada por trás da serra a vagar;

fui ao campo, para alvas e perfumosas flores de lírios pegar.

Colhi muitos buquê, coloquei num cesto, botei na cabeça e sair pelas ruas para ofertar.

Alguém para me causar insatisfação e me decepcionar, perguntou se aquelas flores eu fui roubar?

Fiquei tão triste com aquela indagação, que comecei a chorar e lhe disse;

sou um poeta que a todos amo e venero, descrevo o raiar da primavera e o esplendor das noites enluarada.

Só tenho como companhia o murmúrio de um sonolento rio, o clarão da lua e o cantar dos pássaros no raiar da alvorada.

Escrever versos é a minha arte e distribuir flores faz parte, da propagação do amor, no clarão da madrugada.

(Jackson Costa)

Jackson Costa
Enviado por Jackson Costa em 14/10/2020
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