Memórias
Era o mar.
Morria a terra junto às pedras
e o tempo quebrava como onda que não via.
No céu de estanho os voos
e à boca do mundo o corpo aberto a todas as vozes,
a todos os gritos,
aos dentes da tua fome antiga.
Já não sinto o teu furor estranho,
mas sei das águas na dor da maré,
das palavras que uivas ao meu corpo exausto.