Longinquidade
Longe de mim, diz assim teu silêncio sem fim
diz pra mim o que quero saber;
Eu preciso escutar de você...
Longe de mim, eu não quero esquecer tua voz
me esquecer brevemente de nós,
ressuscita esse amor que há em mim...
Não faz assim, vê se aparece ao menos pra dar,
um pouquinho de febre de amar, padecendo meu corpo que já se recorda do seu caminhar, dos teus dedos que pousam em mim...
Fala pra mim, que perdoa e liberta essa dor, eu não quero pensar em rancor, teu silêncio habita em mim e deságua num velho jardim, que resseca nas noites sem fim, de uma primavera perene qualquer...
Deixa eu cantar, nessa noite e imaginar que amanha tudo vai ser melhor, que um dia vou saber de cor, o teu número teu endereço, e você vai recostar no meu peito e esse tempo vai ser o meu preço minha breve ou eterna prisão dessa louca e gostosa paixão;