PEDAÇOS!
PEDAÇOS!
As incompatibilidades do amor
Se resumem em possuirmos
A alma do outro, achando que podemos
E sufocamos a vida de ambos
Uma aliança nos une, os corpos sedentos
Oprimimos mais e mais o nó construído
Esparramando amarrilhos à volta
Como se fôssemos donos.
Um passo incerto resulta da insegurança
Traçada no eu como se fosse esplendente
Não importando a verdade
Só a que cultivamos, enganos.
Sem asas abertas
Só portas fechadas
Laços desfeitos
Colecionamos pedaços.
Amarilis Pazini Aires