O ROSTO DA NUDEZ
Levitar-me-ei com breve som,
Da leveza enigmática de teus santos olhos,
Dos quais são como adoráveis fases da lua,
Demonstrando ser o brilhante dos eternos diamantes.
E que não se escondem a qualquer preço,
Mas se deixa ser versões amadurecidas,
Do vinho a correr pelas veias,
Comigo a estar sendo por ti envolvido.
Prendo-me múltiplas vezes,
Por loucas devastidões do toque,
A arrancar de mim fluidos do peito,
Neste inércia que tenho estado.
Em movimento, tens me descoberto,
Da negação da existência pura,
Que com todas as medidas simples,
Tiraste-me da aniquilação perversa.
Interverte minha lógica mundana,
Trazendo sobre a escuridão,
Luz impecável de certezas,
Enquanto contemplo o rosto da nudez.
Sim, é deveras verdade!
Sois como poema sem mentiras,
Uma alma a viver na incorruptibilidade,
Dos meus sonhos contemplando teus lábios.
Doçura das noites nostálgicas,
Tendo-te por variadas visões,
E uma delas me são até involuntárias,
Arrastando o tempo na direção das cartas de amores.
Vejo-me então, eufórico!
Tentando colocar seus cabelos atrás da orelha,
E dizer o quanto venho lutando,
Contra o coração a se permitir te amar em segredo.
09/10/2020 - ( COD. PO2786/147.2020 )