A Noite
Conheço a noite.
Escoo-a a procurar-te nos cantos mais escusos.
Se não te acho bebo a solidão como tisana
e qualquer boca insana me serve.
No desespero
o corpo cansado
aceita estrelas falsas, vozes roucas, hálitos podres.
Depois, regresso ao nojo para morrer
mas vivo.