Sereníssima

Na Sereníssima alvorada

Que emerge da noite,

Ouço e rumino seus sons

Com ar de mistério...

A maestria dos teus olhos poéticos

Hipnotiza-me, como a lua cheia.

Eu, lobo, me perco da manada

Uivo, chamando teu nome por extenso por toda alvorada.

És filha de apolo?

Fios de ouro dançam sobre sua face melancólica

Enfeitam, embelezam teu ser

E eu discretamente a olho... A olho.

Sereníssima estrela, tão cadente.

Precipita em minha superfície

Sobrevoando minha mente.

Pouse por perto enquanto o sol se põe na planície...

A replandescencia dos teus olhos folha seca hipnotiza-me.

Deleito-me na incerteza do momento.

E eu, imóvel no tempo, registro tudo em detalhes, em rabiscos...

E oscilo na frequência serena do teu sorriso!

Enquanto o tempo momentaneamente é inexistente,

Eu momentaneamente o refaço.

Viajo entre ele para encontrá-la,

Vagando entre minha lembranças.

O que seus olhos dizem ?

Perto de mim, não canso de olhá-los.

Serenos, vagos e espelhados.

Estou paralisado.

Joinster
Enviado por Joinster em 06/10/2020
Reeditado em 01/12/2020
Código do texto: T7080680
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