Silencio Noturno
Noite silenciosa!
Do umbral daquela janela
Olhava a rua escura e vazia.
No céu ao longe a lua
Na sua fase minguante.
Estrelas aos milhares
Formando vias – iluminavam...
A vastidão universal.
Seus pensamentos voavam
Tentando se materializar...
No tempo passado vivido.
O coração vazio e saudoso,
Relembrando um personagem...
Caminhante dessa rua vazia.
Ante a vidraça ela observava,
Aquele moço charmoso e belo
Alegre e cheio de vida.
Achegava-se até a sua janela...
Sorrindo com um buque de rosas,
Vermelhas e perfumadas,
Com amor a ela oferecia.
Após lhe entregar as rosas
Com um breve beijo,
E um gesto de aceno
Pela rua de novo seguia.
Um amor platônico vivido...
Talvez um amor descabido
Deixou seu coração partido.
Agora nessa rua escura e vazia
Ninguém mais lhe ofertou rosas...
Para atenuar a solidão e a saudade,
De um amor cheio de charme
No umbral de uma janela...
Dessa sonhadora platônica!
There Válio – 04/10/2020