TAREFEIROS DO AMOR
TAREFEIROS DO AMOR
Quero-te,
deixa-me
te amar;
é o que tenho
agora pra
te oferecer;
peço-te:
não se detenha
hesitando
em meu anelo;
pois não quero
amar-te,
por mero
carnal prazer.
Quero-te,
não só
pra te admirar
o corpo sensual;
oferta-me
também,
a partilha
de tua
beleza interior;
quero
que ame-me
como amo-te,
numa intenção
de doação
mútua;
que seja assim,
o esplendor
de nosso amor.
Façamos
de nossas almas
afins,
o lar conjugal
de nosso amor;
almas
que brilham
quais centelhas
de emoções
excitantes;
quando
nos olhamos,
nos percorremos
felizes,
os nossos
labirintos íntimos;
e juntos,
nos devotamos
aos afazeres
domésticos
que tornam
limpos,
os nossos lares:
carnal
e espiritual.
Quero-te.
Quer-me.
Queremo-nos
porque
nos amamos;
numa troca
estável
de bons
sentimentos.
Pelo bom senso,
aprendemos
a amar-nos,
com a constância
das virtudes
nas interações
afetivas.
Cabe-nos,
então,
usufruirmos
do encanto
que nos envolve
o convívio
amoroso;
mas cientes
de que amar
é também fazer
o bem e servir
a outrem;
num gesto
espontâneo
de semear
a beleza da luz
espiritual
de si ao próximo;
pois o melhor
do amar,
está na permuta
dos bons
sentimentos;
agindo
como simples
e abnegados
tarefeiros
do amor.
Adilson Fontoura