OLHOS DO SILÊNCIO

Quero sorrir, amar, viver

Porque não tenho tudo

Mas não me falta nada

Sinto-me amada e sei viver

Dos meus poemas que guardo

Do cheiro do café, das manhãs doces

Da terra molhada depois da chuva

Das ruas desertas de madrugada

Das noites em que o silêncio tem o tom

De um poema feliz e triste de amor

As horas que envelhecem, ganham pó

Ganham asas, ganham sorrisos

E eu e tu no silêncio de mãos dadas

Só um resto de amor e paixão

Que ninguém sabe que existe ou existiu

Sinto falta de tudo, de nada

Gosto de observar-te, olhar nos teus olhos em silêncio.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Enviado por Isabel Morais Ribeiro Fonseca em 29/09/2020
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