Trilogia de erros
Eu não estou lá
Ao receber de braços abertos
Todo aquele lixo que você esculpiu
Embrulhou em papel barato
E me deu com o nome de desculpas...
E eu aceitei.
Não há nada de errado em perdoar!
Não há nada de errado em esquecer!
Você jurou que nunca me trairia
E eu acreditei.
Jurou novamente que isso não se repetiria
E eu acreditei.
Não há nada de errado em amar...
E por isso
eu não estarei lá!
Ao desembrulhar suas desculpas
Vi que na sua alma, de caráter não inteiriço
Eu novamente me decepcionei.
E ao contrário da primeira vez
Eu chorei,
Mas não por ter sido traído
E sim por ter sido tão burro.
Todos me diziam que algumas coisas não mudam
E provavelmente estão certos.
Mas
Eu quis novamente acreditar
O tempo passa, a saudade bate
E o que construímos ainda esta lá.
Tempos difíceis passaram por nós
E eu perdoei
Até o dia em que eu
Nunca mais estarei lá.
Não houve choro
Não houve decepção
A culpa não foi minha
Muito menos do amor
Porque isso não é amor.
Uma pá de terra para plantar flores
Mas não no tumulo que cultivamos
Isso eu vou embrulhar com o mesmo lixo que me deu
E deixarei para lá.
E ao contrario daquele poema
Eu não sou mais aquele que esquece
nem aquele que perdoa
Sou apenas aquele que se vira e vai!