Colóquio sobre um causo

I - Moça

No caminho havia a flor

Estampada bem no chão

E chamou-me a atenção

O amarelo tom de cor...

Havia a flor no caminho

Bem no chão, pois, estampada

Eu olhei-a de mansinho

E a quis como namorada

Foi o que eu senti por ela

Moça não foi sonho não

Encantou-me a amarela

Linda cor de coração

No caminho sempre passo

De manhã só para vê-la

Com meus olhos dou-lhe abraços

De noite eu conto às estrelas...

II - Menina

No passar do dia a dia

E no amar de grão em grão

Dizia a mim meu coração

Que a flor era a poesia

Esquentando foi a cor

E o tom da luz emanada

Da beleza era um licor

Fez-se a flor alaranjada

Quanto mais a encontrava

Era mais minha menina

Íam-se as dores às favas

Já que amava a pequenina

Tornou-se ela inspiração

Por feliz poder fazê-la

Se surtei? Claro que não!

Me contaram as estrelas...

III - Garota

... e ao tempo decorrer

Todo o dia olhava o céu

A minha alma esteve ao léu

Mas o amor tomou meu ser

A flor tudo me inspirava

Um versar, rima e canção

E rompia, assim, a trava

Que prendia o coração

Vi que o amor é a grande lei

E, garota, àquela flor

Pela qual me apaixonei

Eu jamais pude me opor

Pra dar fim à nossa prosa

Entendi tudo isso enfim

A poesia era uma rosa

Rubra que vivia em mim

*****

Trilogia: Colóquio sobre um causo

Moça (11/09/2020)

Menina (12/09/2020)

Garota (13/09/2020)

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 21/09/2020
Código do texto: T7068654
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