SEMPRE

De minhas noites, todas mal dormidas

Dos sonhos desenhados em saudade

De uma doce ilusão de eternidade

Vens e de luz enches a minha vida

Desembarcando do trem do passado

O mesmo em que eu parti por covardia

Ou só porque de amor eu não entendia

Mas tu chegas assim, meio calado

Com este olhar que não sabe fingir

E desse encanto eu não posso fugir

Pois também eu sou refém do passado

Somos, nós dois, a ida e o regresso

Daquele amor, agora só em versos

Desde lá, porém, sempre enamorados