A vida de um solitário

cavalgar no rebuliço de teu sono

penetrar na alma de seus sentidos

me faz ficar entediado e ser dono

dos desejos refletidos e escondidos

Arremessar medidas traçadas na estrada

E refazer caminhos de luz no meu quarto

É ver você nos meus sonhos de fada

nos recônditos dos encantos de nosso retrato

Perder a audácia da invasão dos restos mortais

É como me transportar para a imensidão vazia

Navegar no oceano de estrelas reais

È a única alternativa que reveste a fantasia

Eu respiro a dimensão da sonhada felicidade

e vejo que sozinhos não somos nada

nesta valsa tocada na eternidade

me reconheço no espaço entrelaçado

Lucilene Nobre
Enviado por Lucilene Nobre em 19/09/2020
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