Quisera amor XX
Quisera amor não amar-te
Porque o não amor, não causa dor.
E os oceanos de lágrimas
Que insistem em desaguar em meus lábios
Seriam mar de aral, e teriam o mesmo final.
Quisera acordar um dia e não me lembrar,
E que esse dia se desse antes da decrupitude da vida chegar.
Desejar nunca acreditar que essas coisas acontecem
Que a vida real não floresce,
Antes é esmarrida,
e terminam-se os versejos
nas languidas avenidas.
Quisera acreditar na mais ingênua imaginação
Que só enxerga as caraminholas do coração.
Ser só um pouco azêmola para não ver o que diante dos meus olhos estão.
Os sentimentos mais simplorios que me são oferecidos
E recebidos como tesouros pela minha romântica vontade de acreditar nas quimeras, mas
São só versos entenebrecidos, e meus quiseras
Os cálculos não batem, 0 x0 sempre será 0,
Mesmo desejando os números não mentem
A multiplicação desse amor so está em minha mente.
E na tabuada do seus sentinentos só tem subtraendos e o resultado deles é o resto que continuas me oferecendo.
Quisera olhar pra mim mesma com espelho real
E ver que não devo esperar tão pouco de quem diz tanto ter
Achar o meu lugar e dali não sair,
Até ter certeza de que aquilo que se professa, é o mesmo do que se pratica
E que eu estou em primeiro lugar em sua vida.