Ah, se tu me aceitas!

À casta alegoria, brilho dos teus olhos,

alva como à cor do meio-dia,

onde o curtume arde às telhas,

onde as centelhas vão dar,

mora a vontade que me leva à boca,

e ao cheiro do amor ouço bailar os dias.

Chega me dói o coro

as lascas do suor

que me deságua o peito.

chega engastalhar os olhos

às ancas que balançam

aos beirais dos teus aceites.

E se me aceitas?

ah! eu ouço sinos e tambores

e vivo amor amar a mão àmores.

ah, se tu me aceitas!