Púrpura
Vermelhas, violetas, rosadas e indefesas;
Tocando em suas beiras, sentidas em suas maneiras;
Saliente e saturada, gemendo em minhas amarras;
Cedendo em minhas cantadas, jeitosa e já as fardas.
Sedenta por boas maneiras, freguês de mais corteja,
A Cordélia dos vinhos finos, a Cinderela dos contos vivos.
A raiz do fundo amargo, a delícia provo em seu favo.
De um toque doce e suave, um sussurro de enfase.
Detalhes do corpo ingênuo, de olhar ciumento;
De um livro vultoso, um sincero abastoso;
Gelado garboso, em esmero animoso.
Sacia em seu corpo, o depravante honroso;
A exportiva ânsia, lhe encontro na cama.
Onde há em um plano, um solido recanto.