OS FILHOS
Um filho é um grande tesouro.
Nem todo metal precioso, como o ouro,
pode comparar-se à sua importância.
Para nós, ele não tem preço,
seja o que seja, nele só existe apreço.
Se temos, um, dois, ou mais, os amamos.
E, igualmente, jamais nos furtamos,
a suprir qualquer necessidade deles.
Para atendê-los, damos até a vida,
numa verdadeira peleja sem medida.
Quaisquer sofrimentos que os maltratem,
arranjamos as forças que os boicotem,
de modo às suas desditas serem eliminadas.
E ficamos, ainda, mais felizes,
se estas não deixarem cicatrizes.
Mesmo estando eles longe da gente,
o grande amor não se ressente.
Ao contrário: aumenta mais.
A gente sente uma profunda dor,
a fim de abraçá-los e alimentar o amor.
Quando casam, sentimos a ausência,
mas se tivermos paciência,
a lacuna desta falta será compensada.
Os netos virão, nos compensando,
e nós, cada vez mais, vamos amando.
É importante, agora, dizer
que, mesmo com grande querer,
quem não é pai, e nem avô,
poderá a isto ler, com grande atenção,
mas estes dizeres não tocarão o seu coração.