Expurgo

Tu és volúpia, em meus sonhos ardentes és anjo, fogo que queima quente, teu beijo; secretos flertes eternos, que atravessam minha alma como flecha certeira, como teu olhar de agulha sobre meu corpo; tortura, a distância de tua face e teu toque, o nuance de teu abraço apertado, aconchego nas noites abruptas... Eloquente desejo que afortuna minha carne, não ter teus dedos sobre meu rosto, escorregando sobre minha face serena, que sorri; sorri te beijando em ritmo, de dois corações pulsantes apaixonados; quem eu sou qnd estou nos teus braços?

Então me adote, como cachorro que implora por carinho, como puta sedenta de teus movimentos... Como piloto de corrida veloz...

Eu não sou, tão inclinada ao romance perfeito, muito menos acostumada com teu tratamento agridoce, as vezes foges de mim como pedinte mentiroso, pq aflora em mim esse anelo ofegante?

Então encaixe tua alma na minha, costure meus passos sobre os teus, para que eu não possa me perder de teu amor, para que tu sejas o norte, e eu detentora da busola que sempre aponta pra ti. Que meus dedos ligeiros encontrem, palavras e dígitos corretos, pq correria nua sobre as geadas, só para ter um beijo teu. Preciso de um beijo teu.

Mas não fujas eu imploro, deleite-se em meu amor mórbido e melancólico, que eu seja para ti como primavera as abelhas, que o mel tão doce corteje teus olhos, eu te amo.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 03/09/2020
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