Quando
Quando já me afogo seca o mar.
E o mar volta como recordação do limite.
E o limite é afinal aquela linha,
aquele instante,
a decisão que tarda mesmo à beira da partida.
Vou? Fico?
E sem certeza nem promessa ficava.
Sem vida e ainda vivo,
sem boca que me gritasse
sem corpo que viesse e me trucidasse
que de abalo seria a mudança.
Quero o teu som sem palavras,
o teu hálito, o rasgar dos dentes
onde só sangue me dói, onde só o teu sexo me vale,
onde, apagada, és a cinza de uma estrela.