AS INTEMPÉRIES DA NATUREZA
Lá fora a chuva torrencial fortemente caía.
Aconchegada aos meus braços a minha amada
se aquecia – e nos aquecíamos – naquela tarde fria.
Em meu colo a sua cabeça estava quedada
fazendo-a sentir-se amada e o quanto a queria.
A chuva lá fora – forte e célere continuava.
Relâmpagos, assustadores, pelo espaço se espargiam;
Os ruidosos ventos – à minha amada medrava!
As minhas carícias pelo seu corpo percorriam.
Trovões tenebrosos, a troarem, tornavam-na trêmula.
Trago sua cabeça aos tenros travesseiros,
Seus seios balouçam agitados e febris pela gula,
Somos dois loucos amantes amando em devaneios.
A chuva para, silencia o gotejar – ameno é o vento!
A tempestade amaina – não há mais o temível troar
que assustava e medrava a minha amada em tormento.
Acoplo o ouvido ao seu seio, ouvindo seu coração ritmar.
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