DE MÃOS DADAS COM A IMAGINAÇÃO
Inútil dormir quando a dor não cessa.
A dor de não afagar no peito tua cabeça,
desentrançando tuas tramas e travessuras de criança.
Inútil dormir quando o temor não cessa.
Temor de esquecer a tua imagem feminil
nos traços pueris que ontem rabisquei e até sonhei.
Inútil dormir, se o filme que hoje vi, sem você,
só fala de amor devasso em sua legenda,
como se o drama em que mergulhamos fosse lenda;
como se eventuais gestos sensuais, amorais,
embora censurados na tela erótica de minha solidão,
incitassem meu imaginar entrelaçado em tuas mãos.
Inútil dormir, se não sei se dormes,
se sentes também esta dor enorme,
ou, com tuas tranças de criança, em que mãos estás...
Inútil dormir quando a dor não cessa.
A dor de não afagar no peito tua cabeça,
desentrançando tuas tramas e travessuras de criança.
Inútil dormir quando o temor não cessa.
Temor de esquecer a tua imagem feminil
nos traços pueris que ontem rabisquei e até sonhei.
Inútil dormir, se o filme que hoje vi, sem você,
só fala de amor devasso em sua legenda,
como se o drama em que mergulhamos fosse lenda;
como se eventuais gestos sensuais, amorais,
embora censurados na tela erótica de minha solidão,
incitassem meu imaginar entrelaçado em tuas mãos.
Inútil dormir, se não sei se dormes,
se sentes também esta dor enorme,
ou, com tuas tranças de criança, em que mãos estás...