Amar-te aos poucos é saber-te tanto
Que ao pranto das flores se envolve.
Quero saber-te mais que às outras,
Sentir a razão do teu silêncio
Ao sopro de minha voz.
Não tendo poderes divinos, suponho
Que ainda tendes por mim algum carinho,
Algo que faça não me sentir tão sozinho
Palavreando aos cantos de folhas silentes.
Amo-te Sol e Lua,
Em lindas vestes, mas de alma nua,
Levitando em minhas retinas
Como ao céu que te reverencia.
Não há porquês em estares distante
Se antes me queria
Como a força dos ventos
E a luz dos dias.
Compreender a dor de outro
É sentir arder em febre
Ser próprio ego.
Trazer desassossego
Em universo inóspito.
Não quero a esperança ou linhas do passado,
Basta-me ser lembrado em tuas melhores horas,
Sentir-me abraçado quando estou triste,
Ou beijado suavemente
Nos raros momentos de felicidade.
Cabe ao meu amor nunca te saber ausente
E cobrar de ti alguma presença,
Nem que seja na tenra folha virgem de papel
Em que rabiscas qualquer palavra,
Que caiba em tuas poesias
Versos de outrora
Que me tragam
o amor agora.
 

 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 27/08/2020
Código do texto: T7047778
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