Rendição no Arrebol
No luar os lances de xadrez voam na tua escrita
Nas leituras perfeitas no registro das diagonais
Os perfumes inesquecíveis das folhas que reeditas
A arte nas aberturas do jogo, sutilezas sazonais.
No drama a criação do livro satisfaz e encanta
As afirmações do vulcão clamam nos segredos
Na cabeceira a página no silêncio abrilhanta
O xadrez foi consagrado em poema e fez enredos.
No teu jogo de páginas minha defesa capturaste
És rei ataca com a estratégia vence o adversário
A lógica move-se ardente nos beijos do oponente
No tabuleiro fascina a cena no paraíso literário.
O xeque-mate se fez claro como canto do rouxinol
No ataque final o teu nome se revela com altivez
Na última página a rendição perene no arrebol
Romance publicado, assinado no clube do xadrez.