SUDOESTE - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.

SUDOESTE - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.

Olhando o mar, vi gaivotas, albatrozes,

garças, fragatas, pelicanos e golfinhos,

orcas, jubartes, tubarões... e vi peixinhos,

porém não vi, no horizonte, o teu veleiro.

... ventos uivantes, traiçoeiros e velozes

são os algozes do meu sonho aventureiro

e o meu olhar, fitando ondas tão ferozes,

sentiu a dor do meu amor chegar primeiro.

Se não te vi, meu doce amor, onde estarias?

...alçando velas ao sabor de alguma brisa?

... o sudoeste implacável não avisa

e é preciso conhecer sua emoção

pois, como o mar, amar nem sempre é calmaria,

porém o vento escolhe a própria direção

e quem não sabe conviver com a ventania

sequer conhece os vendavais de uma paixão.

Preso no cais, com meu olhar oceanando

abstrações nos horizontes passionais,

busquei sonhar, sentindo as brisas matinais

na minha na pele, qual tua boca tão macia

... brisa do mar... num sonho bom, acariciando

as emoções, quando o carinho faz poesia,

na areia clara que o mar vai apagando...

mas o desejo mais feliz sempre copia.

Fechei meus olhos e soltei meus devaneios

num céu azul... livre... no ar da esperança...

e quanto mais, no meu sonhar, me fiz criança,

mais eu voava e... quando... enfim... senti o mar,

tu me tocavas com a ternura dos teus seios

e eu percebi o quanto doce era te amar

num sudoeste que acordou os meus anseios,

e ainda trouxe a maciez... do teu olhar.

Às 12h e 17 min do dia 27 de agosto de 2020 - da Obra NAVEG...ÂNSIAS.

Publicado no Recanto das Letras.

LUIZ POETA
Enviado por LUIZ POETA em 26/08/2020
Código do texto: T7046718
Classificação de conteúdo: seguro