DESPERTAR
Venho lhe falar, ó graciosa
Que tens feito um rebuliço
Uma total baderna de colegial
E me sinto completamente omisso
É fácil contemplar qualquer beleza
Que esteja ao alcance dos olhos
Mas o fascínio é a contemplação
De tua magnânima beleza límpida
Suavemente os pensamentos passam
E as minhas veias latejam
Com a circulação visceral
Que teima em pulsar cada vez mais forte
O estômago se torna um catavento
Com o frio na barriga que tenho sentido
E as borboletas já voam no verão
Em que tenho me encontrado
As ruas de paralelos coloridos
Que não pude evitar passear
Me relembram de como é possível
Regar as flores mais belas do jardim
Não há muito o que dizer, graciosa
Nem muito o que escrever
Pois um poema são só palavras
Mas jamais uma tradução fiel.