DESPERTAR

Venho lhe falar, ó graciosa

Que tens feito um rebuliço

Uma total baderna de colegial

E me sinto completamente omisso

É fácil contemplar qualquer beleza

Que esteja ao alcance dos olhos

Mas o fascínio é a contemplação

De tua magnânima beleza límpida

Suavemente os pensamentos passam

E as minhas veias latejam

Com a circulação visceral

Que teima em pulsar cada vez mais forte

O estômago se torna um catavento

Com o frio na barriga que tenho sentido

E as borboletas já voam no verão

Em que tenho me encontrado

As ruas de paralelos coloridos

Que não pude evitar passear

Me relembram de como é possível

Regar as flores mais belas do jardim

Não há muito o que dizer, graciosa

Nem muito o que escrever

Pois um poema são só palavras

Mas jamais uma tradução fiel.

Gleidston de Aragão
Enviado por Gleidston de Aragão em 25/08/2020
Código do texto: T7046142
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