ABSOLUTA VERDADE
Não há como evitar,
O despertar do meu sono,
Sem estar em um imenso estado,
De vivência em meio ao abandono.
Nesta certeza da alma,
Que no caos consegue a calma,
Em tudo o que representa,
Conhecer o pouco de si.
Até mesmo a cena,
Menos imprevisível de ser,
Ainda que não estejas nela,
Eu te vejo por trás de um espelho.
Revelado no principal ato,
No palco em que surge a tarde,
De um jeito tão longe... perdido,
Da energia de um teatro vivo!
E tudo vem a ser encontrada,
Quando em breves pensamentos,
Visualizo a pequena curva,
Cuja estrada não existe sem você.
Então, me deparo com o ser,
Que age dentro de mim, insistente,
Louco pra enxergar a porta,
Levando-me a ilusão de seu rosto.
No qual, muitas vezes está nu,
E em outras, aparece encoberto.
Isso, por atemporalidade de luz,
Envolvendo os sentidos despersos.
Sugiro que não me faça esperar,
Convencendo-me de te deixar ir...
Pois é em ti a razão do desespero,
Ansiar tanto pela absoluta verdade.