Bravata
e se pudéssemos falar do amor,
dos tantos viés embutidos no afeto.
e se quiséssemos regar a flor,
plantar sementes, sucumbir o que há de concreto.
e se emanássemos a paz
e toda essa luz que nos alumia.
e se escrevêssemos nos muros do mundo
a verdadeira e sensata poesia.
talvez, quem sabe, o sol pudesse me acalentar,
a lua pudesse me banhar de prata,
o verde pudesse me abraçar,
o silêncio pudesse esmorecer minha bravata.