À NOITE CHAMO TEU NOME

Na surdina da noite

Rasgo a escuridão

Com olhos de lince

Busco teu coração.

Feito uma fera no cio

Só encontro saudade,

Lamento e solidão

Címbalos tocam

O vento canta teu nome,

Uma lágrima te chama ...

Amor!

A noite adormece meu corpo

E leva-me ao mundo do sonho,

Ao encontro das tuas mãos.

Este amor completo

Platônico, sussurrado

Pousa em nuvens de lã.

Escrito nas estrelas

Tudo é verdade,

Tudo existe,

Nada é em vão.

Sob à noite escura

Sob os olhos fechados

Vivemos este amor sonhado,

Feito de invenção.

Paula Belmino