Mata mas não morre
Insanos são os anos... considero.
Por entre os sonhos, liso escorre o tempo.
Embora enfermo e a febre, pois, fervendo
Alguma coisa diz, ao fim, que eu erro!
Não me pergunto: "Deus, por quê?" Não quero!
Apenas finjo, ator que represento,
Que tenho só certezas, que eu entendo,
Mas dias, meses, anos... Passo... Espero...
A música não para! Eu sempre escuto...
Se fecho os olhos, ah, aí que vejo
E sinto o encanto de um eterno porre!
Respiro com sufoco e o grito é mudo,
Mas cura me seria um simples beijo
De todo o amor que mata e que não morre...