O POETA A PEDRA E O AMOR INSANO
Louco de pedra o poeta que escreve
Loucos versos no ar, em devaneios
Por aquela Doroteia diáfana,
Qual herói Dom Quixote de Cervantes
Duelando com moinhos gigantes
Pela honra de pueril donzela.
É louco de pedra o poeta amante
Que ante obstáculos, qual cavaleiro
Medieval empina cavalo e armas,
E não se rende às palavras que teimam
Escapar do verso sendo gerado;
São altos brados em prol deste parto.
Louco de pedra o poeta que pare
De dentro de si como fosse mãe,
Poema rebento de amor insano.