Ontologia do afeto.

Que exuberância, uma rosa de ouro, a mais bela flor, sorriso encantador.

Esplendor do universo.

O meu coração derrete, a minha sensibilidade enlouquece, tamanho é o meu apreço pelo vosso carinho.

Você é o meu raciocínio apagógico, por meio da antítese hegeliana, deste modo, você a minha dialética apolínea.

Você apercepçao assertórica do meu afeto analítico.

Beleza indelével, o vosso encanto refloresce o infinito inteiro, brilha seus olhos, incandescendo o nosso amor.

Inefável contemplação, doce mulher, filogenêtica replicativa, você embeleza o meu sentimento, a mais dignificada substancialidade, exuberância contemplativa.

Uma deusa estrelando o céu, construindo o paraíso, sendo a fonte do meu encantamento.

A vossa beleza o substrato da minha alma, sou a sua substancialidade.

Você o encanto do meu mundo apofântico, a poesia da minha literatura, o meu alfabeto latino.

A poetiza da minha descrição, referência apodítica, a vossa dignificação.

Sem a vossa complacência, não é possível a existência da felicidade, deste modo, você é o meu substrato, eu a essência da vossa alma.

Eu o encantamento do vosso mundo inexaurível, o fascínio da vossa substância, sou seu caminho, você a minha tragetória epistemologizada.

Você é o meu solo fértil, sou a vossa fertilidade, você uma pedra de diamante, eu a vossa gruta, na qual foi encontrada.

Você a fortiori é o meu olhar hilético, sou seu fundamento heteronômico, assim sendo, você a minha exegese eletheica.

Sou a vossa hermenêutica, você a minha ontologia epistêmica, deste modo, você é a minha compreensão fenomenológica de tudo que existe.

Você é a minha cognição, eu sou o vosso mundo linguístico, sendo você a minha razão logocêntrica.

Com efeito, sou tudo que você é, você a substancialização da minha genêtica.

Você o meu mundo quântico, eu sou a evolução da vossa célula mater, você o meu ser, eu apercepção da vossa doçura, sou seu enxergar, você a luz dos olhos.

Deste modo, somos o nosso caminho predestinado, a figuração dos nossos sonhos.

Edjar Dias de Vasconcelos.