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A Arritmia Rimada do Amor
 
 
Há amores inconsequentes,
e há os que são recorrentes.
Há os que são um suplício,
por serem parte do ofício.
Há outros que são menos que isso,
num instante dão o sumiço!
Há os que são só carnais,
acabam sendo banais.
Há os que precisam ser pagos,
tendo assim um gosto amargo!
Há aqueles que são violentos,
acabam sendo sangrentos.
Há o amor que é unilateral
e então fere como um punhal.
Há os da adolescência,
podem ser linda referência...
E os de conveniência?
Apenas uma indecência...
Há também o bem mundano,
nada mais que tolo, profano...
Os de pura exibição,
terminam em traição...
Há o amor milionário...
é apenas um salário.
Há aquela paixão proibida,
que se torna uma ferida...
Há os modernos, virtuais,
que ora se tornam bem reais,
ora dissolvem no ar.
Mas há, sim, os de verdade,
cheios de luz, definitivos,
alma e carne, bem vivos,
sem prazo de validade...