HOJE
Hoje, eu não saio de casa;
hoje, eu não falo de amor;
hoje, o amor não me abrasa;
hoje, ele é doce torpor.
Assim, que me tragam flores
ou venham me paquerar...
Eu espero entre os vapores,
do ofurô à beira-mar.
Minha parte feminina,
aquela que é bem passiva,
é a que hoje predomina,
é a que hoje está mais viva.
Como nos tempos antigos,
as pestanas abaixadas,
quero só versos amigos
e palavras delicadas.
Hoje, estou muito dengosa,
hoje,estou muito feliz!
Hoje, sou botão de rosa,
mas não revelo o matiz...
Hoje, eu não saio de casa;
hoje, eu não falo de amor;
hoje, o amor não me abrasa;
hoje, ele é doce torpor.
Assim, que me tragam flores
ou venham me paquerar...
Eu espero entre os vapores,
do ofurô à beira-mar.
Minha parte feminina,
aquela que é bem passiva,
é a que hoje predomina,
é a que hoje está mais viva.
Como nos tempos antigos,
as pestanas abaixadas,
quero só versos amigos
e palavras delicadas.
Hoje, estou muito dengosa,
hoje,estou muito feliz!
Hoje, sou botão de rosa,
mas não revelo o matiz...