Portal das Almas
Em teus olhos eu vejo a verdade
Que talvez você tente esconder
E na sintonia das almas prever que
A verdade é tudo que não se quer ver
Toda a normalidade é cadavérica
Jaz morta mesmo antes de nascer
Mas é no caos que se cura a ferida
É no caos que se nasce ao morrer
Pelo céu...olhos voam em minha pele
Por não saber onde devem pousar
Se na rua ou na nuvem permanecem ou
Se vagueiam p'las brancas espumas do mar
Todos os caminhos são sem rumo o
Silencio encanta como o som do trovão
Faz das almas confusas no céu noturno
E do corpo em êxtase aflora o coração
E deste novo coração se fez novo amante
E nas ondas do mar começam a flutuar
E sem nada mais ouvir navegam errantes
Deixando apenas o aroma de flores no ar
No céu anis as cores de um arco íris
Surgem como a glorificar a paixão
Num sol que brilha como milhares de rubis
Mesmo incapaz de sentir amor ou emoção