Indecisão...
É por medo que não me amas?
Teus olhos são sedentários demais,
não ouvem os meus, que jamais te viram,
mas te olham com o coração.
Deita-me sobre ti e sente minha luz em teu corpo aceso,
Sem qualquer medo de nós,
na mais alva escuridão desse teu maravilhoso escuro
onde até as estrelas fazem amor com distração.
Minha coragem ignora teu medo, acende os desejos
e te procura livre e ofertada no que de melhor
houver em meu corpo.
Vinde com a graça de teu sorriso
que te mostrarei o quão longe de nós mora esse medo inimigo
e o quanto te espero desejoso por teu beijo,
talvez apenas para ver teu rosto
e depois, só depois nos dirá o que sobrar
a fazermos juntos, desmedidamente,
como duas crianças que cresceram apartadas
e que de repente se acharam em um longo abraço cioso
procurando um amor diferente.