ESTADIA I
...E tu emerges das profundezas
Nesse mar que em súbita maré
Envolve o marulhar das umidades
Num ócio de ondas de ternuras
Salpicando beijos aos meus pés.
Alongam-se os dedos nas águas
Sobre os pelos dourados de sol e sal,
Num transe de lambidas e chamados
Torneando visões de teus afagos
Tragados pela pele dos delírios meus.
Tal esponja absorvida em lúdica estadia
Eu enfureço o dia para te por em calma
Na noite do meu corpo ensolarado do teu.