Eu, oceano

Meu ser é todo oceano

Desde a superfície calma em alto mar

Até a brisa salgada e morna

Convidativa a mergulhar

Acontece da brisa virar ventania

E da calmaria virar tempestade

Minha maré sobe em noite de lua

E pela manhã a ressaca me invade

E se te arriscas a molhar seus pés

Nas águas geladas da minha correnteza

Pouco a pouco te arrasto

Para um mergulho em minha profundeza

Já em meio às aguas mornas

Aprofundado em meu ser

Pode de fato ter a certeza

Que começastes a me conhecer

Pois aquela ventania e mar revolto

É superfície, meu exterior

Se conheceu minha calmaria - e ficou

É bom marinheiro, meu amor.

[Chega e mergulha]