Amor outonal
O amor nunca deve ser negado ou escondido.
Em todas as minhas páginas ele nasce e renasce
Da necessidade de não ser suficiente.
Do desejo de se doar,
De querer se reinventar,
Sentir o coração vibrar
A cada nascer do sol.
De descrever, poetizar...
Dar uma cor para esse amor
Suave, tão nosso,
Já não mais primaveril, agora outonal.
Acolhedor quanto a paixão que,
Como chuva,
Cai em cima de nós,
Que nos acorda do monólogo dos nossos sonhos,
Que nos projeta para um silêncio,
Do encontro das nossas mãos se buscando após o amor.
Dos nossos olhos fitos um no outro,
Onde palavras não são necessárias,
E então eu sigo escrevendo, tatuando em sua pele
Com a melhor tinta que conheço, meus beijos.