Lido e relido
Se faço o verso,
o laço me prende,
o sereno me esconde.
Mas, a noite me descobre,
me mostra ao mundo, revela
a fita, desmonta na tela.
Se calo no verso,
o laço me sufoca,
a chuva me acorda,
a madrugada me assassina,
o enredo fica, não sabe a menina.
Se dito no poema
retido no laço,
do sereno o abraço;
a noite abre a algema,
o mundo escancara minha sorte,
faz chuva de pétalas,
neve de purpurina,
cachos de cabelos dourados,
olhos de ânsias felinas,
lampejos rosados pelo corpo,
mina de amor intenso,
eterno quanto a vida.
Em cada raio que inebria,
o poema se abre,
a noite me descobre,
o laço me retém,
o sereno me esconde.
Não quero a sorte da vida,
nem a morte da história.
Hoje eu quero a glória.
Amanhã, apenas a terra,
no segredo que foi escrito
em cada poema que a noite viu.
Se faço o verso,
o laço me prende,
o sereno me esconde.
Mas, a noite me descobre,
me mostra ao mundo, revela
a fita, desmonta na tela.
Se calo no verso,
o laço me sufoca,
a chuva me acorda,
a madrugada me assassina,
o enredo fica, não sabe a menina.
Se dito no poema
retido no laço,
do sereno o abraço;
a noite abre a algema,
o mundo escancara minha sorte,
faz chuva de pétalas,
neve de purpurina,
cachos de cabelos dourados,
olhos de ânsias felinas,
lampejos rosados pelo corpo,
mina de amor intenso,
eterno quanto a vida.
Em cada raio que inebria,
o poema se abre,
a noite me descobre,
o laço me retém,
o sereno me esconde.
Não quero a sorte da vida,
nem a morte da história.
Hoje eu quero a glória.
Amanhã, apenas a terra,
no segredo que foi escrito
em cada poema que a noite viu.