O MEU AMOR
 
Os nossos corpos têm um jeitinho
bem gostosinho de se amar:
O que o corpo dela pede – eu sempre dou!
O que o meu corpo pede – ela sempre dá!
 
Nas nossas trocas de saliva
o amor faz o desejo se aflorar.
Nossos corpos se incendeiam em volúpia
fazendo nossas dermes arrepiarem.
O que o corpo dela pede – eu sempre dou!
O que o meu corpo pede – ela sempre dá!
 
Os olhos dela estão fechados.
Sinto-os felizes a lacrimejarem.
Os corpos estremecendo em volúpia dizem:
- O êxtase vai chegar... estão a gozar!
O que o corpo dela pede – eu sempre dou!
O que o meu corpo pede – ela sempre dá!
 
Os nossos corpos se fundem em carne.
Sons e gritos se espargem pelo ar.
Nossas línguas querem calar
o que não se pode sufocar.
O gozo clama por seu direito
Inconteste... impoluto de gritar.
O que o corpo dela pede – eu sempre dou!
O que o meu corpo pede – ela sempre dá!
 
Nossos suados corpos derreados
se fundem em concupiscentes abraços.
Nossas respirações ofegantes
denunciam os nossos cansaços.
Um beijo de erotismo trocamos
antes que Morfeu nos chamasse.
 
O que o corpo dela quer – eu sempre dou!
O que o meu corpo quer – ela sempre dá:
– A paz marcante do nosso amor!
– A cumplicidade no modo gostoso amar!
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Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 26/07/2020
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