A beleza imaterial dos anjos não
Ofusca a imortalidade do nosso amor
lindo som fonético dos movimentos
Labiais, sua fusão na união da matéria
Palavra cúmplice dos deuses dourados
Revestida com o mais puro vinho, linho
Das imaginações poéticas.
Amor,passado e repassado, mãos frenéticas
Colhem as flores, os lírios das madrugadas
Na volúpia de berços florais.
A morte nutre o desejo de amar, e matar
O belo,o amar perpetua a ironia da vida
Na suscetibilidade cristalina do ser.
Doce será sempre o teu sorriso
Ao pronunciar esta canção eterna
Amar.